18 Todas estas lembranças adormecidas no fundo da minha alma, repleta de nostalgia dessa vida que passou, mas eternamente presente na memória, despertam agora com tudo que há de belo e sublime encerrado no recesso de meu coração, gruta secreta que por vezes deixa escapar em pequenas doses as memórias mais queridas, que alimentam agora minha saudade. Nesse cenário de paz, nessa terra em que a raça vermelha construiu suas nações com lutas, esperanças e vitórias, é que foi contada a história verdadeira do povo iroquês. Não é um relato de índios peles-vermelhas e seus confrontos para a sobrevivência ante as invasões dos caras-pálidas, nem tampouco de aventuras tão a gosto do homem branco, que se julga superior e dono da verdade, olhando com desprezo os pobres selvagens que dançam em torno de uma fogueira. Não; essa é a história verídica de uma idéia. A história de um homem tocado pela graça do Grande Espírito, que trouxe para todo o povo iroquês as verdades eternas há séculos sem conta preconizadas pelos sublimes mestres. Em sua fala mansa, mostrou que todos os homens são iguais, que nosso próximo é nosso irmão, que todos estão ligados por laços indissolúveis a toda a natureza, que as nações iroquesas poderiam viver em paz, e que todos os seres criados pelo Grande Espírito são unos. As cinco nações iroquesas, pacificadas por sua palavra doce e por vezes candente, dobraram-se ao seu encanto, à magia de seus ensinamentos, e contando com leais amigos, que se dedicaram inteiramente aos seus propósitos, esse grande mestre, metamorfoseado em índio da raça vermelha Haiawatha criou a Federação Iroquesa, que por mais de 200 anos congregou as nações dispersas e independentes numa só, o povo iroquês. Esta é uma história para ser lida com a mente, mas também com o coração; pois por trás das mensagens verídicas, das líricas histórias de amor, das façanhas de bravos guerreiros, do holocausto voluntário por uma idéia em que acreditavam e pela qual morreram, iremos encontrar o doce mestre que veio ensinar a todos nós que somente no amor se encontra a salvação do homem. Tomawak 18 Mariléa de Castro e Roger Feraudy
20 Era nada menos que a história autêntica de Haiawatha, o enviado do Grande Espírito, um grande ser (que a humanidade conheceu alhures sob outros nomes célebres, como o de Pitágoras e o de Sri Swami Rama-tys, ou simplesmente Ramatís, como quis ser conhecido no século XX), 3 que idealizou e concretizou a grande Federação Iroquesa. Esse projeto de paz e universalismo reuniu inicialmente as cinco nações do ramo iroquês numa liga federativa. Posteriormente, incluiu como aliados mais cinco nações pele-vermelhas. Mas pretendia mais. A proposta de Haiawatha era estendê-la a todas as nações de raça vermelha do continente e depois aos demais povos do planeta. Uma irmandade de filhos do Grande Espírito ou seja, todos os homens mantendo sua autonomia local, mas participando de um governo único. A grande paz estendida a todos os horizontes do mundo. Uma só pátria para toda a humanidade. E ela foi compreendida e aceita pelos peles-vermelhas primitivos e funcionou por quase dois séculos e meio, um modelo de democracia, fraternidade e paz, com um conselho igualitário e um molde de consenso nas decisões, entre homens livres e iguais, numa sociedade sem classes e absolutamente socialista. Enquanto isso, os civilizados europeus se matavam em guerras de Cem e Trinta Anos, queimavam hereges na Inquisição, trucidavam povos colonizados e viviam em monarquias absolutistas ou semifeudais, com servos chicoteados e camponeses famintos, banqueiros enriquecendo, mendigos pelas ruas e plebeus marginalizados convivendo com uma aristocracia cega, e banquetes refinados esbanjando o que escasseava a crianças famintas (mudou muito?). Os brancos colonizadores, forjados nesses moldes, foram incapazes de perceber o óbvio sob seus narizes truculentos: os avançados princípios éticos desses povos ameríndios, a beleza do avançado modelo social fraterno e igualitário, e da estrutura política que garantia a paz entre essas nações a herança de Haiawatha. Aceitar que todos os homens são filhos do mesmo Grande Ser, 4 que todos são livres e iguais, e que os bens da terra devem 3 A partir da metade do século XX, ele ditou, através do médium Hercílio Maes, de Curitiba, uma série de 15 obras, já com milhares de livros editados, e desde então há incontáveis seguidores e simpatizantes de sua mensagem de inovadoras instruções espirituais, inúmeros grupos e centros com seu nome. A AFRAM Associação das Fraternidades Ramatís fundada em 1996, congrega um expressivo número de entidades ramatisianas e afins. Outros médiuns também receberam, posteriormente, obras psicografadas de Ramatís. 4 Há a história do chefe índio que dizia a um truculento general branco que as terras dos peles-vermelhas lhes haviam sido dadas por Deus, e o outro ironizou: A 20 Mariléa de Castro e Roger Feraudy
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